sexta-feira, março 26, 2010

Purificação

Verter sua cor pelas narinas
Tudo rasga, infame
Rasga e sangue!
Tão frágil que só lamento
A armadura de carne
Cheia de pecado dentro
Amado se prostitui
Amando se prostitui
Nunca a troca equivale
Ao peso do presunto
Verte um desejo que abomina
Cada orgão interno
Parte da escultura
Corrompida
Assim na vida
Como em vida
Como a saliva escorre
De um céu à outro
Silêncio espirito-de-porco
Todo vermelho que verter é pouco
Nem o sacrifício realiza
Limpa a sujeira, torto
Ficando mais sujo ainda

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