sexta-feira, dezembro 18, 2009

Para ser agradável é preciso...

1)Ter o mínimo conhecimento de sua própria língua. No caso, português. Não há probrema nenhum no mundo, nem mim faz porra alguma, nem a letra “d” entrou no cardápio da quentinha; não 'tá fazenu nem comenu, tão pouco chovenu. E drento é um lugar que não existe.
Não é preciso preciosismo, como passar a conjecturar sobre improbabilidades verbais empregadas no cotidiano. Se você tem vocabulário, não importa que, tipo assim, véi, gírias apareçam em diálogos despreocupados como:

- Mermão, vamos pra balada!
- Já é!
- Oho!
- Fumo!
- Onde? Quedê o bagulho?


Mas usar expressões como essas – supondo – numa entrevista de emprego, uma conversa entre desconhecidos, e PRINCIPALMENTE, numa entrevista esportiva onde você falará sobre SEU trabalho, é um tanto... desnecessário comentar.

- O time vem trabalhanu forte, graça a deus, o técnico 'tá botanu na gente pesado, peganu firme, e a gente nós estamos botanu o pensamento positivo adiante, graça a deus, com passes planejados para mim estar na boca do gol, e botar pra drento.

Ler resolve. Veja menos TV e seja mais sociável!
O que nos pede citar o segundo item...



2)Falar coerente e declaradamente. As poucas pessoas de seu círculo social que compreendem seus grunhidos, não estarão sempre perto para traduzi-los simultaneamente:

- Óia us breguet! Mó forca, fudeu, lombadão norótico!
- O que ele disse?
- Você atropelou um cara.


Não é divertido, nem interessante, quiça agradável, você perder mais tempo em uma conversa tentando entender o que o indivíduo está falando, que propriamente dialogando com ele. O mesmo vale para tentativas de expor suas ideias – contrárias ou não – na internet. Fica a ressalva: não importa a convicção que você tenha de sua opinião, se ela é compartilhada de forma ilegível, com erros absurdos de gramática, e faça mais sentido embaralhada que como foi escrita, ela será motivo de chacota, ridicularizada, e não terá qualquer credibilidade.

- Pos ELE dis oau seus meu Filho, entaum morreu po cousa fiz mal, nansi no pecadu e minha redoensão ficaran sempre, sete veis, cete pragua egipisia, só ELE salva na morti e nas vidas q segi, blasfameredores cairram pra baxo, na morasdia demoica

Pense: opiniões mal ditas podem converter uma pessoa... Ao ateísmo.



3)Ouvir o que seu interlocutor estiver falando. Essa é a máxima da cartilha “ser agradável”. Interações sociais competem trocas e não auto-promoção desenfreada, a enervante espera que a fala do outro te permita falar de você:

- E começou a chover...
- Ah, que incrível! Lá em Pato Branco sempre chove!
- ...


Para entender o contexto de uma conversa, também é indispensável ser um bom e atento ouvinte. Além de demonstrar apreciação por quem e do que se fala, ajuda a formular melhor seus próprios argumentos – sejam estes a favor ou contra – tornando-o também digno de apreciação. São boas conversas que tendem atrair para si pessoas inteligentes e de boa índole, e não pés-de-coelho no zíper da carteira:

- Ganhei de minha falecida tia-avó...
- Oh, e ela faleceu em que circunstância?
- Parada gritando por ajuda para atravessar a rua
.



Obviamente existem outras ações que o tornarão mais agradável no cotidiano, tais como:

a) Não jogar lixo na rua, ou grosseiramente arremessá-lo da janela do carro, arriscando acertar em cheio pedestres, ciclistas, ou o tio que vende refrigerante no engarrafamento - todos sabemos os problemas causados pelo acumulo de lixo, o que torna “fazer show de sua própria estupidez” um dos itens primeiros na lista de ações desagradáveis;

b) Agir com deferência para com pessoas que tenham dificuldades especiais - motoras, mentais, intelectuais - assim como idosos, crianças desacompanhadas, ou com qualquer ser humano que também lhe seja educado;

c) Saber colocar sua opinião, e não esquivar-se com a velha desculpa “sobre religião não se discute, assim como sobre futebol”. Discutir é parte do contexto social, e faz parte do crescimento intelectual. É preciso entender sobre falibilidade das opiniões, e da necessidade de serem testadas. Argumentação, troca de informações, orquestram discussões desde tempos imemoriais, a máxima ideia da inexistência de uma verdade absoluta. Estar aberto a apreender informações, e espalhar as já apreendidas – sem o uso da lança ou da espada para impor seu ideal, como nossos ancestrais faziam - caracteriza evolução. Nada mais agradável que se permitir evolver.


Obs:. Esse texto foi escrito por Jac Vela-Negra e compreende suas opiniões. Foi escrito nos moldes BLOG DE HUMOR - só para testar a possibilidade (faltando apenas as imagens e a hilaridade da coisa). Jac detestou fazê-lo. O PDP volta, em breve, em seu formato convencionado em forma de nada.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Ai, Jac, rio tamborindeguy do seu humor cáustico! hauhauahu é pouco!!!

    ahuahuahauhauhauahuahuahuahauhauhauhauhgwyfgldkjfnvlksjdfgvoudbfvdanf ajldfgvoerghb;v7834rt08732y4pq893ehrgqpeg780pq35hGÏWGOEQTRIGHS;DTI;ehp;KNA;KJHGBPAIURNTB;JKLSNRGBULHAP;JN

    se vc fez isto e detestou, imagine se tivesse gostado... tsc tsc... acho que é charminho!

    bjobjo

    PS.: essa tua data tá errada, q apaguei o comentário anterior (pq escrevi e não li e escrevi errado, enfim, foda-se) e agora é 18h30 e mais meio-dia e meia! enfim, foda-se isso tb!

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