Estava com um dedo médio (ou do meio, como entenda), escavando a gruta úmida, o sol batendo nas costas, o mar cantando com ondas a tarde, o vento fraco assanhando seus cabelos. Ele buscava seu prêmio e metia com aflição cada vez mais fundo. A praia estava cheia, o que tornava sua ação ignóbil: ninguém o via, o percebia. Estava ali, agachado e entretido a quase uma hora
O protetor solar fator 30 logo deixara de fazer efeito, queimando seu lombo.
Então ele sentiu a mordida. Não uma mordida em si, mais como uma picada. Pinçada. Seu dedo saiu vermelho da gruta, combinando com o seu corpo no todo. Praquejou: Caranguejo filhodaputa.
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