Arrebitou as ancas, empinando o par recém adquirido de silicones, e a saliência nociva de gordura na famigerada pança, ficava evidente. Seus dentes amarelados eram de uma sexualidade impar – assim como cheiro conhecido de nicotina que explicava a cor. Tragava e expirava, caminhando como uma porca disposta a acasalar. Ninguém se convencia, entretanto.
Parou no Saleguete disposta a alisar o croquete de quem vacilasse nas doses. À meia noite todos os gatos são pardos, e todos os ratos são felinos. O pelo, decerto, não faltava. Conhecia a regra da bebedeira inveterada, e a usaria a seu favor, custasse o vomito alheio no amanhã; o romance está falido, os modos inclusive. Era cada um por seu orgão genital.
Pediu fritas para acompanhar o drama.
Viu Teobaldo já falando outra língua. Ajeitou as madeixas, inclinou-se sobre a mesa, dando amostra grátis da suculência mais grátis ainda. Teobaldo demorou a perceber, e as fritas chegaram. Ela transou as batatas com ketchup, chupando os dedos, chamando o homem. Comeram juntos, com cobertura.
Teobaldo chamou-a de todos os nomes que ele conhecia, menos do seu, enquanto fodia ela de quatro. Ela gemeu bem alto para não ouvir.
Na manhã seguinte, acordado de ressaca, Teobaldo deu-se pela falta da moça, que nem lembrava quem. Nem ela lembrava, se você perguntasse.
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