Não me importa criar um gênio em mim
expor conceitos travados, esperando os lados
os à favor, os contra
os que não entenderam
e aqueles que ainda pensam na virtuose da elaboração
enrodilhada no advento do contemporâneo e frágil
perceber individualista ao que mundo é dado
Todas as bundas tem rabo
Todas expelem fezes por ele
Fato quase 100% inegável que
quase explica para os existencialistas
tudo que eles precisam saber
Não me importa ser reles peão no tabuleiro
Nem sei jogar xadrez
Outros me jogam lixo, dão-me vícios
eu me deixo envolver
Não importa o novo, estou sem grana
Não importa na sua cama ou na minha
Não importa ser nessa encruzilhada vazia
nossa busca não é pelo romance amargo
e que paga imposto
mas pelo gosto acre e o grosso,
gritar sem ouvir o som sair
Não me importa se isto é poesia
ou só verborragia trágica
daquele a quem não basta ser desimportante
Em diante digo, já que é de praxe
Não me importa se o que nasce
Vai morrer um dia
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